As sessões legislativas na Paraíba parecem estar com outros ares nesta semana: os nervos estão à flor da pele. Depois do embate entre Adriano Galdino e Cabo Gilberto na Assembleia, foi a vez do município de Santa Rita protagonizar um novo episódio de discussão – essa até mais acalorada.
Na Câmara Municipal de Santa Rita o embate foi entre o presidente Cícero Medeiros (Progressistas) e o vereador Kinho de Lerolândia (Avante). O centro do bate-boca foi um bebedouro. Isso mesmo, um bebedouro. No caso, a possível falta dele na Casa de Antônio Teixeira.
Kinho reclamou sobre a falta do item para se hidratar na Casa Legislativa, e Cícero Medeiros não deixou por menos.
“Vereador Kinho tem a língua muito grande, procure fazer as coisas no seu bairro, que é todo cheio de lama”, dispara inicialmente Cícero. Que foi tocado no braço, no intuito de cessar o ataque, pelo vereador Farias (Podemos), que compõe a Mesa Diretora.
Kinho então entra no bate-boca. “Senhor presidente, a verdade dói para você”. E logo é silenciado por Cícero: “Não lhe dei a palavra, corta o microfone dele”.
“Você está com três meses de projetos atrasados, e vem aqui meter sua língua. Faz cinco meses que estou como presidente, salários em dias, parte do décimo [terceiro] vou pagar essa semana, comprei dois bebedouros que estão para chegar hoje, um frigobar para meu gabinete”, afirmou Cícero Medeiros.
No final de sua fala, o presidente da Câmara solta o verbo, mas com tom de autocensura, para não faltar com o decoro. “Você sabe porque estava bebendo água no caneco, você bebia e não reclamava. Enfie sua língua naquele canto”, disse.
“Olha o decoro”, frisou o vereador Marinaldo (PSDB).