Bolsonaro reforça ataque às urnas e convida Moraes para ser seu vice em 2026

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Bolsonaro reforça ataque às urnas e convida Moraes para ser seu vice em 2026
Foto: Antonio Augusto/STF

Após os interrogatórios do ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier, do ex-ministro Anderson Torres e do general Augusto Heleno, na manhã desta terça-feira (10/6), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a interrogar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta tarde. O político está sendo interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Ele é ouvido na ação que investiga uma suposta trama golpista para mantê-lo no poder após o resultado das eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante o interrogatório, o ex-presidente fez uma brincadeira e convidou Alexandre de Moraes para ser seu candidato a vice em 2026, arrancando risos da plateia e do próprio ministro do STF.

Moraes respondeu objetivamente: “Declino”.

O ex-presidente Bolsonaro começou a ser ouvido por volta das 14h30 negando, para Alexandre de Moraes, que as acusações contra ele sejam verdadeiras.

Moraes começou o interrogatório questionando o movimento descrédito às urnas e da reunião ministerial que tratou do tema, em julho de 2022.

O ex-presidente Bolsonaro começou a ser ouvido por volta das 14h30 negando, para Alexandre de Moraes, que as acusações contra ele sejam verdadeiras.

Moraes começou o interrogatório questionando o movimento descrédito às urnas e da reunião ministerial que tratou do tema, em julho de 2022.

Sobre a reunião em julho de 2022, na qual ele criticou a conduta de ministros do STF e do TSE, o próprio Moraes e Luis Roberto Barroso, Bolsonaro pediu desculpas. Ele disse que se tratava de um desabafo, apenas retórica do momento.

“Tanto é que era uma reunião para não ser gravada, um desabafo uma retórica que eu usei. Se fosse outros três ocupando teria falado a mesma coisa. Então, me desculpe. Não tinha essa intenção de acusar de qualquer desvio de conduta dos senhores três”, disse.

Minuta golpista

Bolsonaro nega que tenha feito “enxugamento” da minuta golpista, citada, na segunda-feira, no interrogatório do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do próprio ex-presidente. Cid disse, então, que Bolsonaro recebeu a minuta, enxugou e manteve a prisão apenas de Alexandre de Moraes.

“Não procede o enxugamento [da minuta]”, garante Bolsonaro.

Outros pontos

Bolsonaro também citou realizações de seu governo, dando um tom político. Falou sobre obras e sobre a carreira política, iniciada a décadas como vereador no Rio de Janeiro.

O ex-presidente voltou a falar que sempre agiu “dentro das quatro linhas da Constituição” durante seu governo, tema recorrente em seus discursos.

Bolsonaro é um dos oito réus investigados por supostamente tramarem um golpe de Estado no Brasil. Ele pertence ao núcleo 1, também chamado de núcleo crucial do caso, conforme denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os réus respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

O interrogatório é uma das últimas fases da ação penal. A expectativa é de que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus ocorra no segundo semestre deste ano. Em caso de condenação, as penas am de 30 anos de prisão. Do Metrópoles.

 

 

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